"Mas aquele que esconde uma alma escura e terríveis pensamentos,
Tenebroso, caminha sob o sol do meio dia,
É ele mesmo sua própria masmorra..."
John Milton
"... Quando aguço minha audição, ouço ruídos, vozes, lamentação. São os Sussurros da Noite chamando-me a atenção. Então escrevo a noite! Pois é na escuridão silenciosa que a dama geniosa da inspiração permiti-se descrever. Mas o silêncio não é pleno! Os Sussurros da Noite são tão audíveis que fico surpreso que poucos os escutem...”.
Saudações tenebrosas...
Você ultrapassou o portal da realidade... Seja bem vindo(a) á um mundo onde os contos criam vida, mesmo quando falam de morte...
Sidney Leal
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Poema: Eu Amo a Noite
“...Amo os lampejos verde-azuis, funéreos,
Que às horas mortas erguem-se da terra
E enchem de susto o viajante incauto
No cemitério de sombria serra...”
Fagundes Varela
Que às horas mortas erguem-se da terra
E enchem de susto o viajante incauto
No cemitério de sombria serra...”
Fagundes Varela
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
SORRISO DE CRIANÇA
“...Quando perguntou quanto lhe custaria um sorriso para a criança...
A criança lhe sorriu espontaneamente;
E só então ele percebeu que não tinha o suficiente para pagar pelo carinho”.
(Sidney Leal)
A criança lhe sorriu espontaneamente;
E só então ele percebeu que não tinha o suficiente para pagar pelo carinho”.
(Sidney Leal)
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
ESCREVO Á NOITE...
“Quando no vazio das ideias me perco.
Quando na obscuridade do silêncio me refugio.
Fico assim em devaneios perdido por longas horas a fio.
Quando dou por mim muitas horas se passaram...
A noite chegou!
Quando aguço minha audição, ouço ruídos, vozes, lamentação.
São os Sussurros da Noite chamando-me a atenção.
Então escrevo a noite!
Pois é na escuridão silenciosa que a dama geniosa da inspiração permiti-se descrever.
Mas o silêncio não é pleno!
Os Sussurros da Noite são tão audíveis que fico surpreso que poucos os escutem...”.
(Sidney Leal)
Quando na obscuridade do silêncio me refugio.
Fico assim em devaneios perdido por longas horas a fio.
Quando dou por mim muitas horas se passaram...
A noite chegou!
Quando aguço minha audição, ouço ruídos, vozes, lamentação.
São os Sussurros da Noite chamando-me a atenção.
Então escrevo a noite!
Pois é na escuridão silenciosa que a dama geniosa da inspiração permiti-se descrever.
Mas o silêncio não é pleno!
Os Sussurros da Noite são tão audíveis que fico surpreso que poucos os escutem...”.
(Sidney Leal)
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
HOMBRIDADE
“Se tens hombridade e teme pelos seus pecados, nunca olhe no espelho.
Pois o preço pago será tal qual foi o seu desatino.
E serás julgado por um Juiz e dele não há como fugir ou se esconder.
Nem hoje, amanhã ou nunca. Pois ele se encontra escondido dentro do seu escuro e negro ser”.
(Sidney Leal)
Pois o preço pago será tal qual foi o seu desatino.
E serás julgado por um Juiz e dele não há como fugir ou se esconder.
Nem hoje, amanhã ou nunca. Pois ele se encontra escondido dentro do seu escuro e negro ser”.
(Sidney Leal)
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
A VERDADEIRA TRISTEZA
“Às vezes eu sinto a tristeza, aquela de que tanto li a respeito.
Aquela que pode tocar as pessoas de forma intensa e profunda, tão profunda que são poucos os que conseguem se livrar de seus braços envolventes e seu toque acolhedor.
E eu não sei se sou um deles...
Dos sobreviventes da tristeza!
Não aquela que sentimos tanto no decorrer de nossas vidas.
Mas aquela que nos guia e nos leva até a morte”.
(Sidney Leal)
Aquela que pode tocar as pessoas de forma intensa e profunda, tão profunda que são poucos os que conseguem se livrar de seus braços envolventes e seu toque acolhedor.
E eu não sei se sou um deles...
Dos sobreviventes da tristeza!
Não aquela que sentimos tanto no decorrer de nossas vidas.
Mas aquela que nos guia e nos leva até a morte”.
(Sidney Leal)
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
EU
“Às vezes quando estou sozinho, chamo a tristeza para sentar e conversar comigo
Quando passa o tempo e percebo que ela sou eu, eu dou risada.
Ela decepcionada vai embora,
Porque sabe que por mais que eu seja ela,
Ela por ser ela não me domina,
Mas isso só me incrimina,
Por que submeto a menina a me servir sempre de pronto,
Isso às vezes me deixa tonto...
À mudança constante do meu modo de sentir”.
(Sidney Leal)
Quando passa o tempo e percebo que ela sou eu, eu dou risada.
Ela decepcionada vai embora,
Porque sabe que por mais que eu seja ela,
Ela por ser ela não me domina,
Mas isso só me incrimina,
Por que submeto a menina a me servir sempre de pronto,
Isso às vezes me deixa tonto...
À mudança constante do meu modo de sentir”.
(Sidney Leal)
MEU PIOR INIMIGO EU MESMO – Parte I
“Contido dentro de cada ser, um lado obscuro, pouco desenvolvido se esconde. E a noite enquanto o corpo descansa, a mente fervilha, num borbulhar de pensamentos incessantes.
E então, o lado obscuro se projeta intensamente, e o que de dia é imoral, e insensato. A noite se torna plausível, possível, tátil, o medo e o perigo começam. As barreiras da realidade não existem mais, e nada nos protege de nós mesmos”.
(Sidney Leal)
E então, o lado obscuro se projeta intensamente, e o que de dia é imoral, e insensato. A noite se torna plausível, possível, tátil, o medo e o perigo começam. As barreiras da realidade não existem mais, e nada nos protege de nós mesmos”.
(Sidney Leal)
MEU PIOR INIMIGO EU MESMO – Parte II
"...E então vinha ele, com seu rosto obscuro pela noite. Dele eu conhecia tudo, seus pensamentos eram claros para mim. Pois ele era eu, o meu algoz, o personagem sombrio que me seguia. E o preço da minha vida de pecados queria cobrar, não outro dia, não outra hora, mas naquele exato momento.
Sua arma? Enquanto corria pelas ruas e assustado eu olhava para trás, nada via empunhando em suas mãos. Então presumi que arma que seria utilizada seria o peso de minhas palavras, que foram usadas ao longo de minha vida. E que com tremenda violência serão jogadas sobre mim.
(Sidney Leal)
Sua arma? Enquanto corria pelas ruas e assustado eu olhava para trás, nada via empunhando em suas mãos. Então presumi que arma que seria utilizada seria o peso de minhas palavras, que foram usadas ao longo de minha vida. E que com tremenda violência serão jogadas sobre mim.
(Sidney Leal)
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A SOMBRA
No jantar só estavam os dois, o homem e sua sombra, num silêncio sepulcral no casebre humilde. Numa mesa de canto esquecida uma vela solitária iluminava timidamente os dois enquanto sua chama dançava enlouquecida pelo soar do vento da janela semi-aberta. Sua luz precária iluminava o homem sentado e logo abaixo, refletida no chão frio sua sombra.
A sombra o olhava às vezes temerosa imaginando qual seria a reação em sua face indiferente, pensava consigo como agüentava viver perto de alguém neste ritmo triste silencioso tanto tempo?
Ele por sua vez distante, pensava em outras banalidades que a vida suburbana lhe provinha.
Ela olhava ao redor na casa humilde de poucos móveis, onde velas eram as opções para economia da energia, e pensava nas conquistas e as vitórias que sentia gritar em seu coração quando jovem, mas hoje ele...
Voltava novamente seu olhar para a figura cansada a sua frente. Nem família foi capaz de formar, filhos não possuía e amar!? Um grande amor nunca viveu, nunca sentiu o peito arder de paixão, ou por falta dele!
Estava cansava de escutar suas amigas, outras sombras, que riam e chacoteavam fazendo-lhe pouco caso, pois a boa sorte do destino as abençoara, as ligaram em seres que erravam, se aventuravam, amavam... Sem medo dos resultados, sem medo das desilusões, de peito aberto com uma longa história de experiências de vida.
Pobre sombra! Ela nada tinha, passava a vida sendo arrastada de lá pra cá sem atenção, sem ser notada, nem um bom dia ou boa noite sombra! Que bom que está aí sombra! Pensava no desperdício existencial que era sua vida, pois poderia oferecer mais, muito mais; Poderia lhe oferecer o ombro para chorar as tristezas da vida, o sorriso para parabenizar suas vitórias, o coração de sombra para lhe fazer um carinho quanto triste estivesse... Sentia-se negada, destratada, anulada á apenas seguir se arrastando no ritmo morto de seus passos, silenciosa...
Aquela situação era por demasiado injusta! Não devia ele ter o direito de viver todas às aventuras da vida, ele devia ser apenas “a sombra”, pois sim! Ele concerteza não se importaria em seguir moribundo, uma pessoa; Ele concerteza não se questionaria de seu triste fim... Ah! Mas se fosse com ela, as coisas seriam diferentes...
Novamente venho o silêncio.
Ele mastigava indiferente, os movimentos automáticos de sua mandíbula geravam um barulho irritante, que a exasperava. Asco que emergia de sua tristeza e que lhe ouriçava os sentidos.
A sombra com a cabeça entre as mãos se derretia em lágrimas que lhe escorriam pela face sem forma, assim como o seu coração triste naquele momento.
De repente ela levantou se erguendo com convicção, decidida, com as costas das mãos trêmulas enxugou o que lhe restara de tristeza da face negra, presa como estava esticou-se o mais que pode até chegar ao interruptor, e num último suspiro lançou um olhar de despedida ao vazio daquele ser... E acendeu a luz.
(Sidney Leal)
A sombra o olhava às vezes temerosa imaginando qual seria a reação em sua face indiferente, pensava consigo como agüentava viver perto de alguém neste ritmo triste silencioso tanto tempo?
Ele por sua vez distante, pensava em outras banalidades que a vida suburbana lhe provinha.
Ela olhava ao redor na casa humilde de poucos móveis, onde velas eram as opções para economia da energia, e pensava nas conquistas e as vitórias que sentia gritar em seu coração quando jovem, mas hoje ele...
Voltava novamente seu olhar para a figura cansada a sua frente. Nem família foi capaz de formar, filhos não possuía e amar!? Um grande amor nunca viveu, nunca sentiu o peito arder de paixão, ou por falta dele!
Estava cansava de escutar suas amigas, outras sombras, que riam e chacoteavam fazendo-lhe pouco caso, pois a boa sorte do destino as abençoara, as ligaram em seres que erravam, se aventuravam, amavam... Sem medo dos resultados, sem medo das desilusões, de peito aberto com uma longa história de experiências de vida.
Pobre sombra! Ela nada tinha, passava a vida sendo arrastada de lá pra cá sem atenção, sem ser notada, nem um bom dia ou boa noite sombra! Que bom que está aí sombra! Pensava no desperdício existencial que era sua vida, pois poderia oferecer mais, muito mais; Poderia lhe oferecer o ombro para chorar as tristezas da vida, o sorriso para parabenizar suas vitórias, o coração de sombra para lhe fazer um carinho quanto triste estivesse... Sentia-se negada, destratada, anulada á apenas seguir se arrastando no ritmo morto de seus passos, silenciosa...
Aquela situação era por demasiado injusta! Não devia ele ter o direito de viver todas às aventuras da vida, ele devia ser apenas “a sombra”, pois sim! Ele concerteza não se importaria em seguir moribundo, uma pessoa; Ele concerteza não se questionaria de seu triste fim... Ah! Mas se fosse com ela, as coisas seriam diferentes...
Novamente venho o silêncio.
Ele mastigava indiferente, os movimentos automáticos de sua mandíbula geravam um barulho irritante, que a exasperava. Asco que emergia de sua tristeza e que lhe ouriçava os sentidos.
A sombra com a cabeça entre as mãos se derretia em lágrimas que lhe escorriam pela face sem forma, assim como o seu coração triste naquele momento.
De repente ela levantou se erguendo com convicção, decidida, com as costas das mãos trêmulas enxugou o que lhe restara de tristeza da face negra, presa como estava esticou-se o mais que pode até chegar ao interruptor, e num último suspiro lançou um olhar de despedida ao vazio daquele ser... E acendeu a luz.
(Sidney Leal)
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