"... Aquilo era inaceitável! Como um estabelecimento
que se preze permite que um som dos infernos destes Incomode seus hospedes? Ali
não dormiria mais! E decidido apressadamente arrumei minha pequena mala e me
dirigi para a escada que dava acesso a porta do estabelecimento, devia passar
das duas da manhã – horário dos mortos – É incrível como o ódio cega às
pessoas, pois, desde criança ao passar das nove da noite, não me movia de meu
leito nem se o próprio Dom Pedro II em carne, barba e osso aparecesse em meu
quarto... Dei por mim já na escadaria da pousada, sua forma oval que percorria
uma das paredes laterais dava um toque de grandiosidade ao lugar. Decerto não
encontraria nenhum funcionário do estabelecimento; Decidi então sair por conta
própria, deixaria alguns poucos trocados, nem dormira nem comera no lugar,
portanto me via neste direito... Passando pela recepção deixei sobre o balcão
as chaves de meu quarto junto com o dinheiro, e me dirigi apressadamente á
porta de entrada. E como suspeitava a mesma se encontrava fechada. Um leve calafrio
deslizou por minha espinha... Um frio sutil que se formava na base da nuca e
descia até o meu temeroso coração, que demonstrava o início de um descontrole
rítmico em seus batimentos..."
Continua no livro: "Minhas Histórias de Mistério, Terror & Morte"
Nenhum comentário:
Postar um comentário