“E entre prantos e soluços chego à
conclusão de que ela me abandonou. Tenho esta convicção! As noites mal dormidas
e o vazio que sinto em minha cabeça enevoada de confusão, só certificam e
comprovam minha certeza. Há tempos não a via e sua presença antes que de tão
intensa podia ser sentida a metros de distância, hoje...
- Nada se revela!
Abaixo a cabeça e com as mãos em meu
rosto me desespero, olhando o papel em branco e a caneta a minha frente como se
deste modo pudesse saber seu paradeiro, ou talvez descobrir o que de mal a ela
eu teria feito...
- Mas nada se revela!
Com as mãos erguidas aos céus
pergunto: - O porquê deste sofrimento? Por que me feria? Pois sabe que sem ela
não sou nada, menos que ninguém...
- Mas nada se revela!
Levanto-me com o papel em branco em
minhas mãos, e socando o ar grito a todo mundo: - Onde ela está!?
- Mas nada se revela!
Mas que diabos teria feito eu a divina
inspiração para que ela me abandonasse assim?”.
(Sidney Leal)
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